A Páscoa é uma das datas comemorativas mais
importantes do nosso calendário. Atualmente, tornou-se uma data tão comercial,
que poucos lembram ou conhecem seu verdadeiro significado. Para além dos
chocolates e presentes, a CPAD – editora cristã – reforça a origem do termo,
que remonta a aproximadamente 1.445 anos antes de Cristo.
Para contextualizarmos, neste período, de acordo
com a Bíblia, os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó viviam como escravos há
mais de quatrocentos anos no Egito. A fim de libertá-los, Deus designou Moisés
como líder do povo hebreu (Êxodo 3-4).
Em obediência ao Senhor, Moisés dirigiu-se a Faraó
a fim de transmitir-lhe a ordem divina: “Deixa ir o meu povo”. Para conscientizar
o rei da seriedade da mensagem, Moisés, mediante o poder de Deus, invocou
pragas como julgamentos contra o Egito.
No decorrer de várias dessas pragas, Faraó
concordava deixar o povo ir, mas, a seguir, voltava atrás, uma vez a praga
sustada. Soou a hora da décima e derradeira praga, aquela que não deixaria aos
egípcios nenhuma outra alternativa senão a de lançar fora os israelitas: Deus
mandou um anjo destruidor através da terra do Egito para eliminar “todo
primogênito… desde os homens até aos animais” (Êx.12.12).
A primeira Páscoa
Como os israelitas também habitavam no Egito, o
Senhor emitiu uma ordem específica a seu povo. A obediência a essa ordem traria
a proteção divina a cada família dos hebreus, com seus respectivos
primogênitos. Cada família tomaria um cordeiro macho, de um ano de idade, sem
defeito e o sacrificaria. Famílias menores podiam repartir um único cordeiro
entre si (Êx. 12.4).
Os israelitas deviam aspergir parte do sangue do
cordeiro sacrificado nas duas ombreiras e na verga da porta de cada casa.
Quando o destruidor passasse por aquela terra, ele não mataria os primogênitos
das casas que tivessem o sangue aspergido sobre elas. Daí o termo Páscoa, do
hebreu pesah ou pessach, que significa “passagem”, “pular além da marca”, “passar
por cima”, ou “poupar”.
Assim, pelo sangue do cordeiro morto, os israelitas
foram protegidos da condenação à morte executada contra todos os primogênitos
egípcios. Deus ordenou o sinal do sangue, não porque Ele não tivesse outra
forma de distinguir os israelitas dos egípcios, mas porque queria ensinar ao
seu povo a importância da obediência e da redenção pelo sangue, preparando-o
para o advento do “Cordeiro de Deus,” Jesus Cristo, que séculos mais tarde
tiraria o pecado do mundo (Jo. 1.29).
De acordo com a Bíblia, no livro de Êxodo, capítulo
12, versículo 31, naquela mesma noite Faraó, permitiu que o povo de Deus
partisse, encerrando assim, séculos de escravidão e inaugurando uma viagem que
duraria quarenta anos, até Canaã, a terra prometida.
A partir daquele momento da história, os judeus
celebrariam a Páscoa toda primavera, obedecendo as instruções divinas de que
aquela celebração seria “estatuto perpétuo” (Êx. 12.14). Era, porém, um
sacrifício comemorativo, exceto o sacrifício inicial no Egito, que foi um
sacrifício eficaz.
Libertação
Assim sendo, lembremos, não somente nesta data, mas
em todos os dias, o verdadeiro significado da Páscoa. Assim como o Todo
Poderoso libertou os hebreus da escravidão no Egito, Deus quer nos libertar da
escravidão do pecado e por isso, enviou seu Filho, Jesus Cristo, para que “todo
aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (Jo. 3.16) Vida esta
conquistada com sangue “porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós.”
(I Co 5.7)
A
Páscoa – Uma perspectiva tradicional
COELHO X CORDEIRO / OVOS X PÃES ÁZIMOS
Apesar
de ovo e coelho estarem associados, principalmente durante a Páscoa, esses
símbolos não têm muito a ver um com o outro, o coelho não bota ovo.E a história do coelho? Vem de uma tradição pagã, um
culto à fertilidade. Os pagãos celebravam Ostera, a deusa da primavera,
simbolizada por uma mulher que segurava um ovo em sua mão e observava um
coelho, representante da fertilidade, pulando alegremente ao redor de seus pés.
Segundo
a teóloga da PUC-SP,Maria
Ângela de Almeida, a Páscoa tem sua origem na festa judaica do Pessach - que
significa "passagem" em hebraico, uma referência à saída dos judeus
do Egito e sua libertação da escravidão, com a chegada à terra prometida sob a
liderança de Moisés. Durante a festa judaica, o ovo - um dos únicos alimentos
que não perde a forma depois de cozido - é utilizado como símbolo do povo de
Israel. Em determinado momento, o chefe de família se levanta e diz: "O
povo de Israel é como esse ovo, que, quanto mais cozido na dor e no sofrimento,
mais preserva sua unidade e sua identidade". (Evidentemente, naquela época
o ovo ainda não era de chocolate.) A comemoração foi adaptada pelo cristianismo
para relembrar a ressurreição de Cristo, que também representa a renovação da
vida. "Já o coelho foi uma forma de popularizar a festa", diz, Maria
Ângela.
Conforme explica o professor
do mestrado em Teologia da Faculdade Teológica Batista do Paraná, de Curitiba,
Marlon Ronald Fluck, “O protestantismo acentuou mais a tradição do coelho da
Páscoa, enquanto a tradição católica usou o símbolo do ovo”.O ovo foi se tornando um símbolo dessa época por
representar nascimento, começo da vida, renovação.
Já
o coelho, devido a sua incrível capacidade de procriação, passou a ser
considerado um símbolo de fertilidade, fartura, fecundidade e assim como o ovo,
representa o começo de uma nova vida. A fêmea do coelho dá a luz até quatro
vezes por ano e, em média, têm quatro ou cinco filhotes por ninhada.
Páscoa
é libertação, perdão, salvação e vida expressos através da morte e ressurreição
de Cristo!
Celebremos
então, a vida conquistada por Ele na cruz para todos nós!
E pra morte "passar por cima"
(Pessach), vamos de música, na bela interpretação de Leonardo Gonçalves:
"Ele vive!", com uma mescla de cenas do filme
"Ressurreição" (ainda em cartaz nos cinemas):
E para encerrar o ano, uma reflexão do grande mestre Yoda:
"O medo é o caminho para o lado negro. O medo leva a raiva, a raiva leva ao ódio, o ódio leva ao sofrimento." Yoda
Neste novo ano, que todos os nossos medos sejam vencidos e que a marcha da resistência continue firme rumo a aniquilação do império do mal! QUE A FORÇA ESTEJA COM VOCÊS! FELIZ 2016!
Bela Canção é criada a partir de aves empoleiradas em fios elétricos
Talvez você já tenha visto o registro dos pássaros empoleirados em fios elétricos acima. Feito em 2009 pelo repórter fotográfico Paulo Pinto, de 49 anos, no interior do Rio Grande do Sul, foi publicado no jornal brasileiro “O Estado de São Paulo”, chamando a atenção do publicitário Jarbas Agnelli.
“Lendo o jornal uma manhã, eu vi esta imagem de pássaros sobre os fios elétricos”, conta Agnelli. “Eu cortei a foto e decidi fazer uma música, usando a localização exata dos pássaros como notas. Fiquei curioso para ouvir que melodia as aves estavam criando”.
Quando a música ficou pronta, Agnelli procurou o Paulo Pinto, autor do clique, para contar o que tinha feito. Pinto ficou surpreso com a ideia do publicitário, uma vez que ele também tinha achado que as aves pareciam notas em uma partitura.
O fotógrafo contou ao Estado de São Paulo que enviou a imagem original à Agnelli, sem cortes. Faltavam oito pássaros na versão editada do jornal que ele havia usado, quatro no início e quatro no final, o que, segundo o publicitário, completou brilhantemente a melodia.
Para quem tem um olho atento, a natureza pode revelar seu potencial a todo instante. O belo está lá, mas um pouco de criatividade é necessária para que possamos enxergá-lo.
Confira a peça resultante da interpretação de Agnelli da posição das aves como notas musicais : [HuffPost, Estadao]
A
origem do Carnaval ainda é desconhecida. As primeiras referências a ele estão
relacionadas a festas agrárias. Alguns atribuem seu surgimento aos cultos de
agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela colheita, realizados
na Grécia durante o século 7 a.C. A festividade incluía orgias sexuais e
bebidas, e os foliões usavam máscaras e disfarces simbolizando a inexistência
de classes sociais.
As
folias do Carnaval também estão ligadas às festas
pagãs romanas, marcadas pela licenciosidade sexual, bebedeira, glutonaria,
orgias coletivas e muita música. Eram conhecidas como bacanais (em homenagem a
Baco, o deus do vinho e da orgia), lupercais (em homenagem ao deus obsceno Pã,
também chamado de Luperco) e saturnais (em homenagem ao deus Saturno, que,
segundo a mitologia grega, devorou seus próprios filhos).
Figuras retratando comemorações carnavalescas na Grécia e Roma Antiga
Com o advento do cristianismo, a Igreja Católica Apostólica
Romana começou a tentar conter os excessos do povo nessas festas pagãs e a
condenar a libertinagem. Porém, com a resistência popular, em 590 d.C. ela
própria oficializou o Carnaval dando origem ao “carnaval cristão”, quando o
Papa Gregório I marcou definitivamente a data do Carnaval no calendário
eclesiástico.
Esses dias de “vale-tudo” que antecedem a Quaresma ( o período de 40 dias compreendido entre a quarta-feira de cinzas e o domingo de Páscoa em que as pessoas ficam sem comer carne), passaram a ser chamados de "adeus à
carne", que em italiano é carnevale, resultando na palavra
carnaval. (...)
É provável que as mais importantes festas ancestrais do Carnaval tenham
sido as "saturnais", realizadas na Roma antiga em exaltação a
Saturno, deus da agricultura. Na época dessa celebração, as escolas fechavam,
os escravos eram soltos e os romanos dançavam pelas ruas. Havia até mesmo uma
espécie de "bisavô" dos atuais carros alegóricos. Eles levavam homens
e mulheres nus e eram chamados de carrum navalis, algo como "carro
naval", pois tinham formato semelhante a navios. Alguns pesquisadores
enxergam aí a origem da palavra carnaval, mas a maior parte dos especialistas, acham que o termo vem de outra expressão latina: carnem levare, que significa
"retirar ou ficar livre da carne", que mais tarde foi modificada pelos italianos para "carnevale" e depois, pelos brasileiros, para carnaval.
O CARNAVAL NO BRASIL
O Brasil entrou na história da festa
apenas a partir do seu descobrimento pelos portugueses, em 1.500, quando essa
manifestação cultural já contava com uma longa trajetória. De acordo com o historiador Voltaire
Schilling, o carnaval é a festa profana mais antiga que se tem registro, já que
existe há mais de 3 mil anos. As suas raízes mais remotas encontram-se na
Grécia Antiga, no culto ao deus Dionísio, que mais tarde foi celebrado em Roma
como Baco, espalhando-se para os países de cultura neolatina. Consta que as
primeiras seguidoras do deus foram mulheres, que viram nos dias que lhe eram
dedicados um momento para escaparem da vigilância dos maridos para poderem cair
na folia. Nos dias permitidos, elas saíam aos bandos, com o rosto coberto de pó
e com vestes transformadas ou rasgadas, cantando e gritando. Os homens não
demoraram a aderir à celebração.
A partir do século 17, a
festa ganhou força no Brasil por meio dos portugueses. Com o nome de "Entrudo" (bonecos gigantes feitos de madeira e tecido, que faziam parte das brincadeiras carnavalescas
portuguesas no período final da Idade Média, por volta do século XV), baseado
principalmente em brincadeiras em que as pessoas sujavam umas as outras como o "mela-mela", jogando água e farinha. No século XVIII, os ingredientes já
incluíam ovos podres, tangerinas e tomates estragados. O Entrudo foi a principal comemoração
carnavalesca no Brasil durante quase três séculos.
Entrudo - O Início do Carnaval no Brasil
Somente com a declaração da independência do Brasil, em 1822, o
Entrudo, de raiz colonial, passou a ser visto como algo negativo e atrasado,
como uma brincadeira desrespeitosa e indecente. Por isso, a partir da
iniciativa de intelectuais, artistas e imprensa, houve um rompimento com a
tradição colonial na segunda metade do século 19 e a adoção no País de modelos
de festa trazidos da Itália e da França, já com o nome de Carnaval (que teria o
sentido de "adeus à carne"). "Aí que entraram os bailes e os
desfiles nas ruas com alegorias", destaca Rita de Cássia Araújo, historiadora
e diretora da Fundação Joaquim Nabuco.
Segundo o historiador Voltaire Schilling, a partir de 1935, com
o crescente centralismo estatal determinado pela Revolução de 1930, começou-se
a sufocar a espontaneidade popular submetendo os desfiles populares a
regulamentos, horários e trajetos a serem cumpridos à risca. Ganharam destaque
a partir de então os desfiles das escolas de samba, principalmente no Rio de
Janeiro. Com isso o Estado passou a organizar o carnaval, concedendo
licença para a realização dos desfiles e investindo nas escolas de samba.
Em 1890, Chiquinha Gonzaga compôs a primeira música
especificamente para o Carnaval, "Ô Abre Alas!". A música havia sido
composta para o cordão Rosas de Ouro que desfilava pelas ruas do Rio de Janeiro
durante o carnaval. Os foliões costumavam frequentar os bailes fantasiados,
usando máscaras e disfarces inspirados nos bailes de máscaras parisienses. As
fantasias mais tradicionais e usadas até hoje são as de Pierrot, Arlequim e
Colombina, originárias da Commedia Dell'arte. Compositores como Braguinha,
Haroldo Lobo e Lamartine Babo são apontados como os responsáveis pela
popularização do samba e das marchinhas na década de 1920. O carnaval de rua
manteve suas tradições originais na região Nordeste
do Brasil. Entre os ritmos tocados no período de carnaval, destacam-se: samba, pagode, axé, frevo, maracatu, forró, baião, xote, xaxado, lundu, coco, maxixe e chorinho.
Sobre o Carnaval, encerramos este post com as palavras do incomparável Mestre JESUS:
"O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida." (João 6.63)
BIBLIOGRAFIA
ARAÚJO, Hiram. Carnaval: seis milênios de história. Rio de Janeiro: Gryphus, 2003.
BULHÕES, Iara Gomes de. Uma abordagem comparativa entre o carnaval brasileiro e o carnaval
inglês. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2007. Dissertação (Mestrado
em Antropologia). Disponível em: <http://www.ifcs.ufrj.br/~lemetro/dissertacao_iara_bulhoes.pdf>.
Acesso em: 17 fev. 2015.
FERREIRA,
Felipe. O livro de Ouro do Carnaval Brasileiro.
Rio de Janeiro: Ediouro, 2007.
HISTÓRIA
DO CARNAVAL E SUAS ORIGENS. A história do carnaval tem suas origens na
Antiguidade, sendo uma festa tradicional e popular que chegou ao Brasil durante
a colonização. Brasil Escola. Disponível em:
<http://www.brasilescola.com/carnaval/historia-do-carnaval.htm>.
Acesso em: 17 fev. 2015.
HISTÓRIA DO CARNAVAL NO MUNDO. Em meio a tantas
explicações da mídia sobre a origem do Carnaval, livro faz um apanhado da
história dos dias de folia. Opinião e
Notícia. Disponível em: <http://opiniaoenoticia.com.br/cultura/historia-do-carnaval-no-mundo/>.
Acesso em: 17 fev. 2015.
Vamo começar com uma musiquinha do sertão de fundo? Nóis é nordestino e num nega! Natal é bom di mais hômi, arre égua...kkk! Ispi aí:
O termo Natal vem do latim: 'natális', derivado do verbo "nascor, nascéris, natus sum, nasci", significando nascer, ser posto no mundo. O surgimento do Natal é narrado a partir de diferentes versões, mas um dado unânime entre os pesquisadores aponta que a festa é originada dos rituais pagãos praticados em épocas anteriores ao cristianismo. Assim como o próprio cristianismo, a origem do natal tem ligação com festivais mesopotâmicos, persas, babilônios e gregos. Portanto, ao que tudo indica, o Natal, é um rito modificado pelo cristianismo para que se comemore o nascimento de Jesus Cristo. Embora tradicionalmente a data represente a celebração do nascimento de Jesus, o festejo do Natal precede o próprio Cristianismo. Não há uma data exata definida, mas há relatos históricos de que as comemorações antecedem de 2 a 4 mil anos o nascimento de Jesus.
"A origem do Natal é muito vaga", afirma Jany Canela, mestre em educação e graduada em História pela Universidade de São Paulo. "Na verdade, é sabido que muitos rituais e festas do Cristianismo eram originalmente tradições pagãs reunidas de maneira a incorporar também a cultura popular", afirma Jany.
Há porém, estudiosos que precisam a origem do Natal, afirmando que a festa surgiu na Babilônia, com o rei Ninrode, neto de Cam, filho de Noé. Segundo essa corrente, Ninrode se tornou o deus Sol e a data do seu nascimento, 25 de dezembro, passou a ser comemorada periodicamente pelos pagãos. A comemoração se alastrou entre os impérios e só entre os séculos IV e V passou a ser adaptada aos moldes cristãos, devido à grande conversão dos pagãos (sobretudo, os romanos) ao cristianismo.
O NASCIMENTO DE JESUS
Jesus Cristo nasceu na festa dos Tabernáculos, a qual acontecia a cada ano, no final do 7º mês (Iterem) do calendário judaico, que corresponde (mais ou menos, pois o calendário deles é lunar-solar, o nosso é solar) ao mês de setembro do nosso calendário. A festa dos Tabernáculos (ou das Cabanas) significava Deus habitando com o seu povo. Foi instituída por Deus como memorial, para que o povo de Israel se lembrasse dos dias de peregrinação pelo deserto, dias em que o Senhor habitou no Tabernáculo no meio de seu povo (Lev. 23:39-44; Nee. 8:13-18 ).
Em João 1:14 ("E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.") vemos que o Verbo (Cristo) habitou entre nós. Esta palavra no grego é skenoo = tabernáculo. Devemos ler "E o Verbo se fez carne, e TABERNACULOU entre nós, e...". A festa dos Tabernáculos cumpriu-se com o nascimento de Jesus Cristo, o Emanuel (Is. 7:14) que significa "Deus conosco".
Vejamos nas Escrituras alguns detalhes que nos ajudarão a situar cronologicamente o nascimento de Jesus:
·Os levitas eram divididos em 24 turnos e cada turno ministrava por 1/24 = 15 dias, 2 vezes ao ano. Os números estão arredondados, pois 24 turnos x 15 dias = 360 dias =/= 365,2422 dias = 1 ano. Durante os sábados especiais, todos os turnos ministravam juntamente (1Cr. 24:1-19).
·O oitavo turno pertencia a Abias (1Cr. 24:10).
·O primeiro turno iniciava-se com o primeiro mês do ano judaico – mês de Abibe. (Êx. 12:1-2; 13:4; Dt. 16:1; Êx. 13:4).
·Usualmente havia 12 meses, alguns deles com 29 dias, outros com 30 dias, totalizando apenas 12 x 29,5 = 354 dias, ficando faltando 11,2422 dias para o ano solar. A cada 3 ou 4 anos a distorção entre este calendário e o solar era corrigida através da introdução do mês de Adar II.
Temos a seguinte correspondência:
Mês (número)
Mês (nome, em Hebraico)
Turnos
Referências
1
Abibe ou Nissan = março / abril
1 e 2
Êxo 13:4 Ester 3:7
2
Zive = abril / maio
3 e 4
1Re 6:13
3
Sivan = maio / junho
5 e 6
Est 8:9
4
Tamuz = junho / julho
7 e 8 (Abias)
Jer 39:2; Zac 8:19
5
Abe = julho / agosto
9 e 10
Núm 33:38
6
Elul: agosto / setembro
11 e 12
Nee 6:15
7
Etenim ou Tisri = setembro / outubro
13 e 14
1Rs 8:2
8
Bul ou Cheshvan = outubro / novembro
15 e 16
1Rs 6:38
9
Kisleu = novembro / dezembro
17 e 18
Esd 10:9; Zac 7:
10
Tebete = dezembro / janeiro
19 e 20
Est 2:16
11
Sebate = janeiro / fevereiro
21 e 22
Zac 1:7
12
Adar = fevereiro / março
23 e 24
Est 3:7
Zacarias, pai de João Batista, era sacerdote e ministrava no templo durante o "turno de Abias" (Tamuz, i.é, junho / julho) (Lc. 1:5,8,9).
Terminado o seu turno voltou para casa e (conforme a promessa que Deus lhe fez) sua esposa Isabel, que era estéril, concebeu João Batista (Lc. 1:23-24) no final do mês Tamus (junho / julho) ou início do mês Abe (julho / agosto).
Jesus foi concebido 6 meses depois (Lc. 1:24-38), no fim de Tebete (dezembro / janeiro) ou início de Sebate (janeiro / fevereiro).
Nove meses depois,no final de Etenim (que cai em setembro e/ou outubro), mês em que os judeus comemoravam a Festa dos Tabernáculos, Deus veio habitar, veio tabernacular conosco. Nasceu Jesus, o Emanuel ("Deus conosco").
A ÁRVORE DE NATAL
Acredita-se que esta tradição começou em 1530, na Alemanha, com Martinho Lutero. Certa noite, enquanto caminhava pela floresta, Lutero ficou impressionado com a beleza dos pinheiros cobertos de neve. As estrelas do céu ajudaram a compor a imagem que Lutero reproduziu com galhos de árvore em sua casa. Além das estrelas, algodão e outros enfeites, ele utilizou velas acesas para mostrar aos seus familiares a bela cena que havia presenciado na floresta.
Esta tradição foi trazida para o continente americano por alguns alemães, que vieram morar na América durante o período colonial. No Brasil, país de maioria cristã, as árvores de Natal estão presentes em diversos lugares, pois, além de decorar, simbolizam alegria, paz e esperança.
O PAPAI NOEL: ORIGEM E TRADIÇÃO
Estudiosos afirmam que a figura do bom velhinho foi inspirada num bispo chamado Nicolau, que nasceu na Turquia em 280 d.C. O bispo, homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das casas.
Foi transformado em santo (São Nicolau) pela Igreja Católica, após várias pessoas relatarem milagres atribuídos a ele. A associação da imagem de São Nicolau ao Natal aconteceu na Alemanha e espalhou-se pelo mundo em pouco tempo. Nos Estados Unidos, ganhou o nome de Santa Claus, no Brasil de Papai Noel e em Portugal de Pai Natal. A ROUPA DO PAPAI NOEL Até o final do século XIX, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura. Em 1886, o cartunista alemão Thomas Nast criou uma nova imagem para o bom velhinho. A roupa nas cores vermelha e branca, com cinto preto, criada por Nast foi apresentada na revista Harper’s Weeklys neste mesmo ano. Em 1931, uma campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o Papai Noel com o mesmo figurino criado por Nast, que também eram as cores do refrigerante. A campanha publicitária fez um grande sucesso, ajudando a espalhar a nova imagem do Papai Noel pelo mundo. PAPAI NOEL OU PAPAI DO CÉU?
Apesar de ser ícone originário da Igreja Católica, o Papai Noel é rechaçado por diversos pesquisadores e estudiosos da Bíblia, que afirmam ser este, uma tentativa de corromper a versão cristã do Natal, uma vez que o "bom velhinho" apresenta características muito semelhantes aos adjetivos do verdadeiro aniversariante (Jesus), ocupando assim, muitas vezes, o centro das atenções e tomando o lugar do próprio Cristo.
Abaixo são descritas algumas características afins entre o Papai Noel e o Papai do Céu (Jesus) que geram o "desconforto" entre os cristãos que não aceitam a representação do Papai Noel como símbolo do Natal:
*Papai Noel (Pai do Natal) Pai da Eternidade [Isaías 9:6]
*Kris Kringle [significa Menino Cristo] Menino Jesus [Mateus 1:23; Lucas 2:11-12]
*Tem os cabelos brancos como a lã Tem os cabelos brancos como a lã [Apocalipse 1:14]
*Veste-se de vermelho Veste um manto vermelho [Apocalipse 19:13]
*Tem uma vestimenta comprida, com cinto de ouro Veste comprida e cinto de ouro [Ap 1:13]
*Vem do Polo Norte, onde vive Vem do norte, onde vive [Ezequiel 1:4; Salmos 48:2]
*Fabrica brinquedos de madeira Trabalhou como carpinteiro [Marcos 6:3]
*Senhor de um exército de elfos [na tradição druídica, os elfos eram demônios ou espíritos das árvores] Senhor dos Exércitos [Malaquias 3:5; Isaías 8:13; Salmos 24:10]
*Convida as crianças a irem a ele Convida as crianças a irem a ele [Marcos 10:14]
*Vive nos corações das crianças Vive naqueles que o receberam [1 Coríntios 3:16; 2 Coríntios 6:16-17]
*Diz às crianças para obedecerem aos pais Um de seus mandamentos é que os filhos honrem aos pais
*Julga se a criança foi boa ou má Julga [Romanos 14:10; Mateus 25:31-46]
*Senta-se em um trono Senta-se em um trono [Apocalipse 5:1; Hebreus 1:8]
*As crianças são convidadas a se aproximarem do seu trono e a pedir tudo o que quiserem Somos exortados a nos achegar ao seu trono de graça e a expor nossas necessidades a ele [Hebreus 4:16]
*Distribui presentes Distribui dons [Efésios 4:8]
*A hora da sua vinda é surpresa A hora da sua vinda é surpresa [Lucas 12:40; Marcos 13:33]
*Vem como o ladrão de noite; entra na casa como um ladrão Vem como o ladrão de noite [Mateus 24:43-44]
*Onipotente - pode entregar todos os brinquedos no mundo inteiro em uma só noite Onipotente - o Todo-poderoso [Apocalipse 19:6]
*É onisciente - sabe se a criança foi boa o má o ano todo É onisciente - conhece todas as coisas [Hebreus 4:13; 1 João 3:20]
*É onipresente - vê quando a criança está acordada ou dormindo. Precisa estar em toda a parte ao mesmo tempo para entregar todos os presentes em todo o mundo na mesma noite É onipresente [Salmos 139:7-10; Efésios 4:6; João 3:13]
*Vive para sempre Vive para todo o sempre [Apocalipse 1:8; 21:6]
*Símbolo da Paz Mundial, a imagem do período do Natal Príncipe da Paz, a Imagem de Deus [Isaías 9:6; Hebreus 1:3]
Com vocês, Holy Night, interpretada pelo grupo vocal norte-americano "Home Free".
Seja qual for a real origem do Natal, ao nosso ver, o importante é que a comemoração seja vivenciada a cada dia, como a verdadeira referência de amor, perdão, paz e vida expressos através do nascimento de Cristo!